quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O meu Book Friday




Neste último Black Friday resolvi fazer um Book Friday, já que a Amazon estava com ótimas ofertas. Aproveitei para comprar alguns livros que já estava querendo e outros que achei interessantes. 
Os preços estavam sensacionais. Queria o segundo volume da trilogia de Lira Neto sobre Getúlio e acabei comprando os três, que saíram pelo preço de um. Ou seja, paguei apenas 57,70 por toda a coleção.
Rindo, eu? De orelha a orelha! 
Ao todo comprei 7 livros, sendo 6 com um excelente desconto. Apenas o Color Me Beautiful não tinha desconto, mas entrou na roda porque o queria fazia tempo e não encontrava para comprar.
Desde nova sempre gostei de livros e, em uma determinada época, resolvi que teria uma biblioteca em casa. Desde então comecei a comprar todo tipo de livro, de coleções de clássicos a livros usados em sebos. Estava determinada a acumular o quanto eu conseguisse pela vida inteira.
Aí veio a globalização, as ideias foram circulando mais rápido e uma hora eu lia os ecologistas defendendo menos consumo, outra  os jornais decretando a todo momento o fim dos livros devido ao surgimento dos e-books, outra os mais antenados  mundo afora incentivando o compartilhamento de itens, outra o comércio de usados na internet que te ajudava a se livrar daqueles livros que você não gostava tanto. 
Foi então que me rebelei e, bem antes de Marie Kondo surgir e passar o rodo da arrumação, eu mesma resolvi que não teria mais biblioteca nenhuma em casa. Que aquela ideia não se sustentava no meu mundo e que era um trambolho a mais em casa. E comecei a me desfazer primeiro daqueles que tinha certeza que não iria ler novamente, depois daqueles que não iria ler nunca e estavam lá apenas ajudando a compor a cena. Enfim fui feliz até hoje com esta resolução. Agora tenho bem menos livros e tento me policiar para não comprar demais. Me sinto feliz quando levo vários livros no sebo perto de casa e depois do rapaz avaliar consigo trazer um ou dois. Sinto que estamos todos ganhando. Também fiz doações a colégios e vendi alguns no Mercado Livre. Já passei em revista todos os que permaneceram aqui em casa e só ficaram aqueles que lerei ou que adoro. Tenho mais ou menos 200.
O problema é que a conta não fecha, sempre adquiro novos numa velocidade maior do que eles saem da estante.
Acho que o prazer de trazer um livro para casa vem da sensação de que estou estocando momentos bons, que começam no instante em que eu os adquiro e permanecem na intenção de lê-los no dia seguinte. Mesmo que este dia seguinte demore alguns meses.



Preços: Clarice 33,90/ Getúlio 57,70/ Segredos de Paris 4,90/ A história do mundo 12,90/ Larousse dos pães 40,90




Preço: 55,90

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Getúlio






Neste momento acabo de ler o primeiro livro de uma série de três do jornalista e escritor Lira Neto, sobre o presidente do Brasil que mais ficou no poder: Getúlio Vargas.
Não sei exatamente como começaria este post se ainda estivesse a umas 10 páginas do final do livro. Com certeza não seria com a decepção que estou sentindo agora. A decepção, lógico, é pelo ocorrido na história do país e não pela leitura do livro, que por sinal é formidável.
Todos que já estudaram história do Brasil no colégio já sabem dos períodos em que nosso país foi governado por Getúlio, mas o que mais me impressionou foi que só me dei conta da gravidade quando Lira narrou em detalhes aquele fatídico dia 3 de novembro de 1930.
Fiquei o livro quase que inteiro entretida em conhecer como fora a vida daquele menino do interior do Rio Grande do Sul, suas peculiaridades de ser filho de um bravo militar, de viver em uma região onde os homens são mais "valentes", de ser um destacado acadêmico de direito, doce e introspectivo, ou seja, humano. Com isso, me esqueci do que estava por acontecer.
Foi um baque, estou sem palavras! Estava adorando este personagem quase fictício, já pensava em quantas vezes iria citá-lo quando quisesse exemplificar uma atitude que me lembrasse as suas. Não dá para acreditar que aquele homem que já estava admirando depôs Washington Luís através de uma revolução. Tinha de haver uma outra forma de se resolver suas demandas que não fosse essa.
Enfim, essa é a nossa história. Ela contribuiu para sermos o que somos hoje como país. Acontece igual a todos nós, somos o resultado do que passamos ao longo da vida.
Além disso, alguns atos ocorrem  devido o levar dos ventos, a corrente de ar passa e te leva sem que você consiga se erguer e mudar a direção.  Isso é o que diferencia homens de atitude e à frente de seu tempo. Eles não se dobram jamais.
Recomendo demais esse livro. Já encomendei os outros 2 e estou ansiosa para saber em detalhes o que vem pela frente.  Sei que coisas boas podem surgir. 
É essa tal esperança que não nos deixa esmorecer.






Mais uma xícara por favor!

Eu sempre gostei de café, isto é um fato! Não sei dizer exatamente o que faz alguém gostar de café. Não sei se é o hábito que se adquire desde pequeno, ou uma determinada sequência de letras do nosso DNA ou supostamente porque é uma bebida agradável... Ainda não tenho o veredicto final sobre isso, mas para mim não importa mais saber de onde vem minha adoração.
Eu o adoro e pronto!
Mas, claro, tem regras. Não é assim de qualquer jeito. Tem que ser fresco, tem que ser quente, a xícara não deve estar fria para não esfriar o café, com 3 gotas de adoçante líquido, não pode adoçante em pó, não pode açúcar, na garrafa nem pensar, a xícara tem que ser adequada à quantidade, nada de pingos de leite, dou preferência ao arábica...
Por já possuir três cafeteiras em casa eu não achava razoável adquirir mais uma. E foi por isso que não me animava a comprar uma da Nespresso. 
Pobre de mim que não sabia o que estava perdendo! 
Lógico que eu já a namorava de vez em quando e até já tinha experimentado algumas cápsulas. Mas era sempre naquele ambiente de comércio, com toda a pressão do vendedor em saber se havia gostado, se levaria...
O ideal seria poder experimentar num local tipo cafeteria, com calma, podendo comentar com quem esta com você e até quem sabe degustar mais de uma cápsula para ver a diferença que há entre elas. 
Sei que esse ideal tem um custo e que tudo é agregado ao preço final. Mesmo assim acho que valeria a pena ter tido essa experiência. Talvez não tivesse adiado tanto a compra dessa belezinha.
Enfim comprei-a. E para compensar um pouco a demora adquiri junto um Aeroccino. 
A minha é uma Inissia branca que é pequena sim, mas linda e ideal para acompanhar mais duas primas na bancada da cozinha.







Ela veio acompanhada de 16 cápsulas que achei uma ideia boa, pois assim que abri já podia degustar o café. 
Apesar de 16 cápsulas parecerem razoáveis, como aqui em casa tenho um marido que adora café também, imagina a disputa que foi a cada preciosos 40 ml!
Era uma bicada minha outra dele e já acabava, hehehe.
Foi assim ao longo da semana. 
Queríamos experimentar os sabores de que dispúnhamos para saber quais iríamos recomprar (sei que não existe esta palavra, mas ela me é tão útil e tão autoexplicativa que uso assim mesmo).
Fiz até anotações a cada cápsula tomada:

                   



As cápsulas são vendidas no site e em algumas poucas lojas físicas. Minha opção foi pela internet e entregaram bem rapidinho.
Como cada sabor é vendido com 10 unidades é legal saber mais ou menos as que mais agradam para não pedir um sabor que não seja o seu gosto.
Por exemplo já senti que não sou muito chegada àquelas que são frutadas ou florais. 
Agora com um estoque de cápsulas, espero que degustemos com mais tranquilidade, apesar de achar que a quantidade ideal de cada porção para mim seria de 60 ml. Sempre que termino fico com a sensação de que faltaram mais uns dois golezinhos.
Continuarei fazendo minhas anotações para futuras compras. Afinal, aqui, estamos todos viciados literalmente nestas pequenas criaturinhas fantasiadas de café! 






sexta-feira, 2 de setembro de 2016

O meu Rio em um fim de semana


Estava planejando ir ao Rio, subir até o Cristo e visitar alguns museus do centro. Tudo aparentemente bem simples. Só aparentemente, porque cada vez que via uma notícia sobre a violência de lá, desanimava e pensava: que raiva! Ninguém está vendo o que está acontecendo, ninguém vai fazer nada a respeito? Como os moradores de lá aceitam isso passivamente? Precisam ir para as ruas exigirem mudanças. 
Eu não via uma luz no fim do túnel! Mesmo assim eu não queria morrer sem conhecer o Cristo. Mas nem por isso eu queria perder a vida conhecendo-o.
Eis que surgem uma confluência de bons fatores que propiciam a minha tão sonhada viagem
São eles: 
  • aumento do policiamento nas ruas por causa das Olimpíadas; 
  • estadia bem localizada e acessível  economicamente por ter ido três dias antes do início do evento; 
  • férias de meio de ano; 
  • temperatura agradável do inverno, que facilitou as muitas andanças, que seriam sofríveis se fossem no verão.

Diante disso, estava resolvido: iríamos para o Rio. Veríamos o Cristo, andaríamos bastante pelo centro e pronto! Página fechada dessa estória. Nunca mais precisava voltar lá. Minha vida estava a salvo.
Eis que minha visão do Rio durante o passeio muda-se, e eu me apaixono perdidamente por ele. Ou seja, minha vida corre perigo novamente!
Já estou planejando a próxima visita. Haja coração!
Mas antes disso, vou contar um pouco do que vi e senti:
Resolvemos ir de ônibus pois ficamos com medo de nos perdermos caso fossemos de carro. Mesmo com tantos aplicativos de de GPS não quisemos arriscar. Vamos todos os anos a Barra da Tijuca, sem problemas, mas como o caminho era outro, ficou decidido que dessa vez seria de ônibus, e pronto. Ao chegarmos na rodoviária, pegamos um ônibus numa estação do lado de fora, bem em frente e que nos levou até Copacabana. Eu já sabia alguns números de ônibus e empresa que faziam o trajeto, mas mesmo para quem não sabe, é só perguntar lá mesmo que eles informam. Também sei que há um ônibus com ar condicionado que parte da rodoviária para Copacabana e Aeroportos. Como ele é um pouco mais caro deixei com segunda opção, caso o ônibus mais simples estivesse lotado ou estivesse muito quente. Coisa que não aconteceu. Chegamos bem rápido em Copacabana. Pedimos para parar na altura do Hotel Copacabana Palace, pois nossa estadia era numa cobertura exatamente atrás desse hotel. Muito bem localizado, o que facilitou muito os nossos deslocamentos. O apartamento que alugamos era muito bem decorado, moderno, amplo e confortável. Foi uma delícia voltar todos os dias dos passeios e ter um lugar tão agradável nos esperando.



Apê(foto Airbnb)




Apê(foto Airbnb)



Vista do apê


Neste mesmo dia fomos andar pela praia e depois pegamos um ônibus até o Shopping Leblon. Já estava tudo muito bem policiado e tranquilo. Havia bastante turistas andando pela orla. 
Eu já conhecia Copacabana, mas dessa vez achei ela mais linda ainda. É um praia maravilhosa. Tem uma curvatura linda, uma faixa de areia imensa, toda reta e branca. É impressionante! Parece que foi escupida pelo homem. Para ter uma ideia do que falo é só visitar a praia de Ipanema logo a frente é comparar. Por falar em Ipanema, fiquei surpresa com a fama desse bairro! Não achei nada de mais, o  bairro de Copacabana é muito mais bonito, conservado, amplo e chic. A praia, o calcadão as amplas ruas dão de 10 a 0. Longe de mim querer diminuir nenhum bairro, só quero enaltecer o quão superior é o Bairro de Copacabana.
Na manhã seguinte tínhamos planejado ir ao Cristo Redentor, mas como amanheceu com muitas nuvens e isso atrapalharia nossa visibilidade, resolvemos deixar esse passeio para o domingo e fomos para o centro visitar alguns museus.
Aproveitamos que nossa localização nos favorecia e pegamos o metrô na estação Arco Verde, que fica bem próxima da rua Barata Ribeiro, exatamente atrás de onde estávamos. Seguimos com destino à estação Uruguaiana, que é a que nos deixava mais próximos do CCBB, um dos locais que queríamos visitar. No trajeto da saída do metrô até o CCBB, fomos agraciados com a visão da belíssima igreja da Candelária. Internamente ela parece bem conservada, do piso, as pinturas passando pelos bancos tudo lindo, apenas do lado de fora e no seu entorno é que deveria ser restaurado ou valorizado. Ficaria lá por mais tempo, admirando, se não tivesse já com outros lugares para conhecer, mas com certeza gostaria de retornar à essa maravilhosa igreja.



Cúpula da Candelária



Candelária



Candelária



Candelária



Já feliz por essa surpresa no caminho, segui para o CCBB que é a menos de 50m, com o objetivo de visitar a exposição O Triunfo da Cor, com 75 obras de 32 artistas que retratam o Pós-Impressionismo e vieram do Musée d'Orsay, e do Musée de L'Orangerie. Essa mesma exposição já havia sido apresentada em 2015 em Barcelona e agora estava aqui. Que privilégio poder tê-la em meu país, com entrada franca, disponível a todos. Foi uma emoção e tanto! Ao final adquiri um livro que me ajudou a entender e apreciar ainda mais o Neo-Impressionismo. Reservei um trecho de uma carta de Vincent Van Gogh a seu irmão Theo, que representa bem o que mais me tocou nesta exposição:
"Servir-se sempre inteligentemente dos belos matizes que as próprias cores formam...isso é diferente do que copiar mecanicamente, servilmente, a natureza". " A cor expressa por si só alguma coisa; não se deve ignorá-la, devemos nos servir dela; aquilo que é belo, simplesmente belo, também é correto".
Vou por vontade própria colocar inúmeras fotos de várias obras que mais gostei. É uma faculdade a todos diante disto manter os olhos abertos ou cerrados.



Vincent van Gogh(1853-1890)
Fritilárias coroa-imperial em vaso de cobre(1887)


Maxilien Luce(1858-1941)
Henri-Edmond Cross(1898)


Achille Laugé(1861-1944)
Vista da Gardie, perto de Cailhau(1902)


Maximilien Luce(1858-1941)
Batedores de estacas(Entre 1902 e 1903)


Hippolyte Petitjean(1854-1929)
Mulher jobem em pé(1894)


Vincent van Gogh(1853-1890)
As caravanas, acampamento de boêmios nos arredores de Arles(1888)


Vincent van Gogh(1853-1890_
A italiana(1887)


Édouard Vuillard(1868-1940)
Auto-retrato octogonal(1890)



Aristide Maillol(1861-1944)
Perfil de Mulher(1896)



Édouard Vuillard(1868-1940)
Félix Vallotton(1900)


Paul Gauguin(1848-1903)
Mulheres do Taiti(1891)


József Rippl-Rónai(1861-1927)
Soldados franceses em marcha(1914)



Após a exposição fomos tomar um cafezinho no restaurante e lanchonete do CCBB e decidimos seguir à pé, pela rua Primeiro de Março, até o Palácio Tiradentes, onde funciona a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. A construção é belíssima,  e tivemos a oportunidade de seguir em um tour pelas suas dependências, acompanhados de um guia muito conhecedor daquele local e de sua inserção na história do estado e do país.
Andando pelo centro pude ver inúmeras e belas construções. Algumas de tirar o fôlego e outras singelas, mas mesmo assim belíssimas. Como a que se vê a seguir:...



Centro do Rio


Centro do Rio


Gostaríamos de ter entrado no Teatro Municipal, como já havia planejado, mas chegamos tarde e o horário de visita já havia terminado. Mesmo assim pudemos ver a recente restauração externa do prédio. Ele está lindíssimo!



Teatro Municipal


Aproveitando que estávamos a poucos metros do Museu Nacional de Belas Artes, fizemos um visita. Já o conhecia e pude rever algumas das maravilhosas obras de sua exposição permanente, além de outras novas, como o lindo auto-retrato de Tarcila do Amaral




Candido Portinari(1903-1962)
Purgatório(1944)


Candido Portinari(1903-1962)
A primeira missa no Brasil(1948)


Victor Meirelles(1832-1903)
Primeira missa no Brasil(1860)


Victor Meirelles(1832-1903)
Batalha dos Guararapes(1879)


Pedro Américo(1843-1905)
Batalha do Avaí(1972/1877)


Tarsila do Amaral(1886-1973)
Auto-retrato(1923)



Cândido Portinari(1903-1962)
Caçador de passarinho(1958)


Cândido Portinari(1903-1962)
Café(1935)




Di Cavalcanti(1897-1976)
Navio Negreiro(1961)





Alfredo Volpi(1896-1988)
Bandeirinhas(1969)





Como ainda havia disposição, pegamos o VLT e fomos para a Praça Mauá. Queríamos ver a sua revitalização, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio.
A praça estava linda, cheia de gente, com música, com bastante segurança. O prédio foi projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava. E achei que ele pode ser considerado uma das várias obras-prima da arquitetura do nosso século.
É lindo de qualquer ângulo que se olhe. A vista a partir dele do mar também é linda.



Museu do Amanhã


Museu do Amanhã


Ficamos um tempo sentados admirando-o e depois fomos conhecer o Museu de Arte do Rio. Lá havia uma exposição sobre Leopoldina, princesa da independência. A exposição reunia aproximadamente 350 peças, entre obras de artes, vestuário, mobiliário e documentos de época



Museu de Arte do Rio


Retornamos exaustos porém satisfeitos com tão rica cultura absorvida em um único dia. 
Para terminar o dia com chave de ouro fomos à noite ao Da Roberta, um foodtruk especializado em cachorro-quente gourmet. Comemos um suddog e uma sudbatata que estavam deliciosos.

No domingo fomos ao Cristo através do transporte oficial, que é feito pela empresa Paineiras que, além de possuir outros pontos de embarque, tem um que fica na praça do Lido, bem próximo de onde nós estávamos. Então a ida foi bem fácil, pagamos 68 reais com tudo incluído (transporte e ingresso). O trajeto é bem bonito, passando pelo bairro de Laranjeiras, pelo Palácio Guanabara e ao chegar lá ficamos felizes com o que vimos. Uma estátua linda, fincada sobre muito verde e com uma vista de tirar o fôlego.
Lógico que estava bem cheio devido aos vários turistas que estavam já chegando para os jogos. Foi bem difícil conseguir uma foto sem ter dezenas de pessoas posando junto. Mas foi tão bom ter estado lá que isso não foi nada!


Estátua do Cristo Redentor


Vista



Depois de voltarmos aproveitamos o resto de dia na orla, compramos um jornal e fomos tomar um café na linda sorveteria Moma que fica embaixo do hotel Copacabana Palace e tem uma vista linda.
Mais tarde fomos em um dos tantos quiosques que ficam na orla e que são bem moderninhos e agradáveis.


Moma


Terminado o passeio, só penso que preciso retornar, e agora a lista é grande, além dos lugares em que já fui e quero retornar, tenho vários outros na lista. Entre eles quero ir no Jardim Botânico, vários outros museus do Centro, na Confeitaria Colombo, no Pão de Açúcar, no Maracanã...
Infelizmente a cidade do Rio, apesar de nos ofertar tantos lugares maravilhosos, é possuidora de uma violência inclemente. Isso me apavora! Não me acostumo com nenhum tipo de agressão à vida. Não sou carioca, mas torço, como se fosse, para que as coisas melhorem e que possamos visitá-la sem que haja uma confluência de fatores. Não apenas numa determinada época. 
Só assim poderei chamá-la de Cidade Maravilhosa











quinta-feira, 21 de julho de 2016

" O meu Machadinho"









Machadinho é só para os íntimos, ou para aqueles que se julgam íntimos. Me dê licença que esse é o meu caso! Minha história com o Joaquim Maria Machado de Assis começou como a da maioria de brasileiros, com uma leitura indicada no colégio ou no vestibular. Eu não me lembro qual foi o primeiro livro de Machado que li, mas uma coisa que me chamou atenção e que gostei na época, era a forma como ele descrevia as personagens. Achava eles bem reais. Na época eu não tinha muitas comparações, pois os livros que mais lia eram livros da coleção Vaga-Lume, que eram mais aventuras e não tinham esta característica de descrever bem as personagens.
Bem ali começava a formação do meu gosto literário. Até hoje prefiro uma estória simples com personagens bem descritos física e psicologicamente a uma grande aventura em que as personagens são pouco reais.
Tá, e para quê esta história toda? 
Tudo começou com o fato de eu sempre ler e ouvi ser Machado de Assis o maior escritor brasileiro. Tá, eu me perguntava: Ah é? Por quê? Preciso descobri isso! Não que eu duvidasse, é que prefiro ter minha própria opinião e a dos outros apenas como parâmetro.
Então, comecei a saga de ler todos os 11 romances dele (eu incluo na contagem o Alienista). 
Digo saga, porque, eu tive que adquirir, pegar emprestado, baixar ou trocar livros  para ter acesso a todos. 
A leitura começou por um dos que menos gostei, que foi Memórias Póstumas de Brás Cubas. Achei o protagonista um chato! Foi difícil terminar as poucas páginas do livro. Ah, esta é uma características dos livros de Machado, são todos com mais ou menos 200 páginas. 
Como o meu objetivo não é ficar descrevendo sobre cada livro, vou apenas falar o que achei desta experiência.
De todos os livros apenas dois eu indicaria com bastante louvor: Helena e o Alienista. 
Helena é um romance com enredo engendrado, organizado, dinâmico, com início, meio e fim. A descrição das personagens é fantástica. Acho até hoje que eles existiram. Eles tem comportamentos possíveis, prováveis de ocorrerem. Não é como o Estevão de A mão e a Luva, que é um rapaz que tem um comportamento estranho para a idade, parece uma criança. É difícil ter interesse pelo resto do livro quando se está diante de uma personagem tão improvável. 
Em se falando de personagens chatos, há vários personagens principais em muitos dos livros que são pessoas ou desinteressantes ou desagradáveis. Posso citar o Felix de Ressurreição que é um rapaz imaturo, Estella de Iaiá Garcia que não luta pelo seu amor nem um minutinho, Pedro Rubião que é um bronco que não tem nada a dizer, e os irmãos de Esaú e Jacó que para mim são irreais. Ah tudo bem que irmãos tem fama de briguentos, poxa, mas não é por tudo né? Para mim seja qual for o motivo das brigas deles, isso não é enredo que me agrade.
Mas sem rancor, voltando para os que mais gostei, um deles como já disse foi o Alienista. É uma delícia de ficção. Lembra um pouco Cem Anos de Solidão. Bem doidona mesmo! Nem parece que é do mesmo autor. De tão interessante, quase dá para ler de uma tacada só. Ela não deixa você parar. Você quer saber o que vai acontecer. Tipo a última cena de uma boa série.
Os outros livros que não elogiei nem critiquei, foi porque os achei médios. Não indicaria, mas também não desencorajaria um amigo de ler.
Vão todos dizer: mas como pode deixar de fora Dom Casmurro? Pois esta aura em torno deste livro para mim não existe. Ele é um livro com uma estória boa com inicio, meio e fim. Mas é só isso. Sinceramente não acho que a intenção do autor foi dar toda essa importância à dúvida de Bentinho.
Sei que Machado escreveu além destes livros, muitos contos e poemas. Ainda não me interessei em lê-los, quem sabe um dia?
Lógico que não li todos os outros escritores brasileiros para dizer quem é  entre eles o maior. Mas desconfio que o título dado a o Machado foi em razão de ele ser um dos que mais obras fez e sendo assim, nestas encontram-se excelentes obras. Também achei que ele escrevia bonito, fazia frases elegantes, algumas vezes até difícil de entender devido ao jeito de escrever da época.
Hoje acho que conseguiria prever como seria um novo livro de Machado, caso estivesse vivo e mantivesse o seu estilo: a estória seria no Rio de Janeiro, as personagens seriam ricos, ou ricos com intenções políticas, haveria um triângulo amoroso, e um rapaz ou homem infantilóide.
Me acostumei a passar tanto tempo estando com Machado, porque ele estava comigo, ele falava comigo ao ler suas estórias, que já estou com saudades. Foi uma temporada bem legal, recomendo a quem gosta de ler fazê-la. 
Ainda não sei responder se ele é  o maior escritor brasileiro, mas foi um prazer conhecê-lo um pouquinho mais.




Dois da mesma vinícola.




Este fim de semana eu e marido experimentamos dois vinhos da vinícola Concha y Toro:  o Marques da Casa Concha e o Trio, ambos Cabernet Sauvignon. O Marques é classificado pela casa como um Fine Wine Collection, seus melhores vinhos. Ele é um varietal, ou seja, é feito com apenas um tipo de uva. É possível encontrar o Marques em várias uvas, como por ex: Sauvignon Blanc, Merlot, Carmenere e algumas outras.
Já o Trio é um vinho Premium, ou seja, menos que o Marques. Como o nome já indica, ele é formado ou por três uvas diferentes ou por três uvas iguais de diferentes regiões. Pela descrição já podemos supor que o primeiro é um pouco mais caro que o segundo.
Bom agora vamos à minha impressão: eu comecei experimentando eles às cegas e percebi logo de cara que o Marques era mais gostoso que o Trio. Depois que decidi qual dos dois mais me agradou, fui tentando encontrar mais características, que foram as seguintes: O Marques tinha mais corpo, ou seja era como se ele fosse menos líquido que o outro. Ele demorava mais para descer na boca. O Trio descia rápido. Não sei se ter mais corpo significa isso que acabei de descrever, mas achei que essa palavra casava bem com o que eu sentia e pronto, resolvi usá-la. Também achei que o Marques tinha menos tanino que o Trio. Quase não incomodava na boca. Estava perfeito, o tanino não estava excessivo nem escasso.
Também achei o Marques mais cheiroso. E consegui perceber um pouco o cheiro de madeira no Trio.
Bom é isso. Detalhes de mais cheiros e gostos não consegui perceber sozinha. Apenas depois que li sobre eles na internet consegui perceber um pouco de cheiro de café no Marques que não sei se conta, pois já estava colando da net. Com relação a cheiro de frutas vermelhas, baunilha etc não percebi.
A minha opinião é que só depois de várias experiências é possível ser tão sensível e perceber tantos aromas e cheiros como vemos os enólogos descreverem. Sem contar que para nós brasileiros é mais difícil a lembrança de alguns aromas, pois não temos tanto acesso e costume de comer os vários tipos de frutas vermelhas que são comuns na Europa. Aqui o que esta mais presente no nosso dia a dia que chega perto de frutas vermelhas são os morangos, ameixas e maçãs. Raramente levamos para casa amora, mirtilo, cerejas... Baunilha também é outro ingrediente que quase não temos costume de usar. A baunilha que temos nos produtos industrializados não conta, por que o seu gosto está longe da verdadeira baunilha em favas. 
Ou seja tudo isto dificulta a nossa sensibilidade.
Segue aí este dois bonitinhos: