quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Getúlio






Neste momento acabo de ler o primeiro livro de uma série de três do jornalista e escritor Lira Neto, sobre o presidente do Brasil que mais ficou no poder: Getúlio Vargas.
Não sei exatamente como começaria este post se ainda estivesse a umas 10 páginas do final do livro. Com certeza não seria com a decepção que estou sentindo agora. A decepção, lógico, é pelo ocorrido na história do país e não pela leitura do livro, que por sinal é formidável.
Todos que já estudaram história do Brasil no colégio já sabem dos períodos em que nosso país foi governado por Getúlio, mas o que mais me impressionou foi que só me dei conta da gravidade quando Lira narrou em detalhes aquele fatídico dia 3 de novembro de 1930.
Fiquei o livro quase que inteiro entretida em conhecer como fora a vida daquele menino do interior do Rio Grande do Sul, suas peculiaridades de ser filho de um bravo militar, de viver em uma região onde os homens são mais "valentes", de ser um destacado acadêmico de direito, doce e introspectivo, ou seja, humano. Com isso, me esqueci do que estava por acontecer.
Foi um baque, estou sem palavras! Estava adorando este personagem quase fictício, já pensava em quantas vezes iria citá-lo quando quisesse exemplificar uma atitude que me lembrasse as suas. Não dá para acreditar que aquele homem que já estava admirando depôs Washington Luís através de uma revolução. Tinha de haver uma outra forma de se resolver suas demandas que não fosse essa.
Enfim, essa é a nossa história. Ela contribuiu para sermos o que somos hoje como país. Acontece igual a todos nós, somos o resultado do que passamos ao longo da vida.
Além disso, alguns atos ocorrem  devido o levar dos ventos, a corrente de ar passa e te leva sem que você consiga se erguer e mudar a direção.  Isso é o que diferencia homens de atitude e à frente de seu tempo. Eles não se dobram jamais.
Recomendo demais esse livro. Já encomendei os outros 2 e estou ansiosa para saber em detalhes o que vem pela frente.  Sei que coisas boas podem surgir. 
É essa tal esperança que não nos deixa esmorecer.






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