domingo, 21 de junho de 2015

Cakes





Quanto mais eu tento cozinhar mais eu admiro quem tem técnica e talento na  arte de cozinhar. Meu Deus, como é difícil fazer algo perfeito na cozinha!
A maioria diz que sabe cozinhar, mas será que sabe mesmo? Não sei não, mas cozinhar algo formidável, saboroso, perfeito acho que são poucos que sabem. Me parece que há tanta técnica envolvida, tanta experiência, tanta dedicação e algo que não sei se acredito que é o tal do feeling. (Às vezes me parece que essa característica  vem do DNA; ou se nasce com ela, ou não), que fica difícil acreditar que todos possuem tudo isso.  Fazer algo mediano não deveria credenciar ninguém a dizer que sabe cozinhar. Esta qualificação deveria ser reservada só aos melhores. Precisamos encontrar outro termo para os "aprendizes" de cozinheiro.
Incluída na arte de cozinhar existe a arte de fazer bolos. E dentro dessa, ainda podemos encontrar os bolos simples. Aqueles sem recheio, sem calda, sem artifícios e atrativos óbvios. Apenas um simples bolo. Ingenuamente, achamos que eles parecem fáceis. Mas não o são. Para serem perfeitos precisam ser saborosos e bonitos. Eles desempenham uma tarefa árdua: serem atrativos e gostosos sem "apelarem"
E eis que esse é um dos meus maiores sonhos: fazer bolos simples perfeitos! Lógico que amo todos os outros bolos. Mas estes me encantam. Além de serem versáteis, podendo ser usufruídos todos os dias. Que privilégio seria poder ter todas as manhãs um pedaço de um bolo simples e perfeito, com um xícara de café.
Em busca desse sonho, a tempos venho tentando, através de blogs e livros, fazer bolos simples. Minha mais nova incursão nesta busca foi através de um livro em inglês. O " What to Bake  e How To Bake It" de Jane Hornby.






Ele me encantou! É tão lindo que pode ser usado como artigo de decoração. Mas não foi só a estética dele que me chamou a atenção. Ele é muito didático, muito visual. Em todas as receitas há inúmeras fotos e explicações. Lógico que dá mais trabalho ter que procurar diversos termos culinários em inglês, que, óbvio, não aprendemos no curso de idiomas. Até confesso que foi prazerosa essa busca. Sem dramas!
Já consigo ver uma evolução nos meus bolos, estão mais saborosos, visualmente mais bonitos e diversificados. Agora consigo diferenciar um bolo caseiro de um industrial e dos caseiros aprecio mais os que são feitos com manteiga em vez de óleo, os de chocolates percebo o tipo de chocolate usado, dou valor a uma fava de baunilha em vez de essência e tantos outros detalhes que agora vejo a importância.
Antes de falar da primeira receita testada deste livro, preciso comentar que tenho uma tendência a quase sempre mudar alguma coisa na receita. Não sei o que é, parece uma força que toma o meu pensamento e as minha mãos e me tira do caminho traçado. Hehehe! Por mais que eu planeje seguir fielmente uma determinada receita, sempre tenho uma ideia mágica que pode por tudo a perder.
Não digo que o primeiro bolo que fiz deste livro foi um fracasso. Pelo contrário, ele ficou bom e bonito. Mas como sou bem exigente para bolos ainda estou esperando o que desejo. O problema dele foi que ficou esfarinhando. Lógico que a culpa pode ter sido minha, afinal mais uma vez alterei a receita. Lá pedia pasta de baunilha e coloquei o extrato (onde acha pasta de baunilha, pelo amor d...!) Também tive a bela ideia de deixar o bolo mais saboroso e resolvi trocar os 300 gr de buttermilk por uma garrafinha de leite de coco. Pannnnn!
Ficou muito gostoso, mas como já disse, ao partir ele esfarinhava.
Prometi então, que na próxima vez não iria alterar nadinha de nada.







O bolo


Seguindo o curso da vida, bem que chega um novo fim de semana e a hora de fazer outro bolo. Desta vez o escolhido foi o de laranja e amêndoas. Comprei tudo que pedia e lá fui executá-lo. Desta vez segui o script e o bolo ficou pronto. Com a expectativa lá em cima, por causa da tal farinha de amêndoas. Afinal nunca tinha feito um bolo com esse ingrediente. Foi decepcionante! Ele tinha um gosto amargo e nada lembrava amêndoas. Ficou muito oleoso e socado. Vai ver é o estilo do bolo. Sei lá. Só sei que não aprovei.
Lógico que o marido disse que tinha ficado bom e tal e ganhou o bolo quase que inteiro.







O bolo


O terceiro da saga: bolo de gengibre. Com quase tudo na mão, ou seja, na bancada da cozinha - digo quase porque um dos ingredientes foi impossível de conseguir: o tal do Black Treacle (uma espécie de xarope de cor bem escura que foi substituído por mel) - fiz então o bolo. Cresceu, ficou lindo e tal, mas o sabor... não me agradou. Consegui sentir o gosto do óleo e cheguei a conclusão que não gosto da textura de bolos feitos com óleo. Parecem ser feitos de plástico  não esfarinha nem um pouco.  Acho que esfarinhar um pouco faz parte. Que saudade do primeiro! Quanto ao sabor de gengibre, (como fiquei com medo de ficar forte demais, coloquei menos de um terço de gengibre cristalizado que a receita pedia) e ficou bem suave o gosto. Não sei se teria melhorado se tivesse colocado a quantidade que pedia, porque neste caso foi uma questão de gosto mesmo.







O bolo


Em breve retorno para compartilha meu desempenho com este livro que está sendo o meu xodó neste momento.
Quando eu fizer um perfeito posto a receita para quem quiser tentar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário